segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Artigo: Como certificar um imóvel como Green Building

Artigo: Como certificar um imóvel como Green Building
Novo conceito de imóvel chama atenção do mercado pelos diferenciais econômicos e preocupação ecológica.

Luiz Fernando Lucho do Valle*

29/10/08 - O mercado imobiliário brasileiro começa voltar os olhos para um novo conceito de imóvel, não simplesmente pela preocupação ecológica, mas também pelos diferenciais econômicos. São os chamados "edifícios verdes".

Os empreendimentos que contam com características sustentáveis oferecem custos condominiais inferiores - até 30% de economia - através de medidas exigidas pela United States Green Building Council (USGBC) para garantir o carimbo de qualidade internacional Leed (Leadership in Energy and Environmental Design). O selo Green Building do Leed é a principal certificação em âmbito mundial com mais de dez mil registros nos cinco continentes, atestando as construções dentro dos padrões sustentáveis.

Inúmeros fatores são analisados. O reuso de água da chuva para descarga nos vasos sanitários e irrigação de jardim é uma das medidas que conta pontos. A economia e reaproveitamento de energia, através de métodos alternativos não poluentes como o uso de placas de captação de energia solar, por exemplo, é outra. A reciclagem e coleta seletiva do lixo produzido no edifício, a utilização de madeira certificada proveniente de reflorestamento, também estão entre as exigências do Leed.

Para passar no teste rigoroso é fundamental estar atento a seis pré-requisitos fundamentais. Segundo a SustentaX, representante do Leed no Brasil, os conceitos de sustentabilidade em construções abrangem: o reaproveitamento de energia; o uso eficiente da água; a manutenção da biodiversidade local, como árvores típicas; infra-estrutura local suficiente para evitar o uso excessivo de automóvel; o uso de materiais ecologicamente corretos na construção; e, especialmente, a garantia de um ambiente interno saudável.

É essencial analisar se há desperdício de materiais e recursos naturais por parte da equipe de obras, que em alguns casos é um dos fatores que mais encarece a construção. Verificar a origem dos materiais, que devem ser produzidos com base nos princípios da sustentabilidade, como também a certificação dos fornecedores, são outros diferenciais levados em consideração pela USGBC. Existe ainda uma tendência de valorização dos empreendimentos sustentáveis no mercado imobiliário prestes a emergir no Brasil. Nos Estados Unidos, um imóvel com os diferenciais ecológicos tem seu preço elevado em até 30% sobre os convencionais na revenda. Um estudo publicado recentemente pela Unicamp afirma que para cada dólar investido na construção de um prédio verde, há um retorno de três dólares no futuro. Essas informações comprovam a eficiência dos modelos adotados e, principalmente, motivos pelo qual o mercado é atraído para esse novo conceito de construção.


*Luiz Fernando Lucho do Valle, engenheiro e presidente da Ecoesfera Empreendimentos Sustentáveis, pioneira em construções sustentáveis residenciais no Brasil. Com 29 anos de experiência no setor, Valle é o idealizador do Ecolife, primeiro edifício residencial pré-certificado com o Green Building na América do Sul.

DE -
http://www.portalimovelnet.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário