segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Imobiliárias de São Paulo alugam 15% mais imóveis em janeiro

Imobiliárias de São Paulo alugam 15% mais imóveis em janeiro
Vendas de imóveis usados tiveram comportamento inverso, com queda de 14%. Preço médio das negociações aumentou.

04/03/09, São Paulo, SP - O número de imóveis alugados (477) em janeiro foi 15,25% maior que em dezembro, com o índice de locação evoluindo de 0,9625 para 1,1093 de um mês para o outro. Apartamentos e casas dividiram meio a meio a preferência dos locatários, com participação nos novos contratos de 50,73% e 49,27%, respectivamente. Os imóveis com aluguel de até R$ 800,00 foram os preferidos, somando 60,06% de participação.

De acordo com pesquisa feita pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP) com 430 imobiliárias da Capital, nos vários tipos de imóveis alugados em janeiro, houve predomínio de aumento de preços (20 ocorrências contra 10 de baixas) e os valores dos aluguéis residenciais subiram, em média, 4,01% em relação a dezembro.

“Esse comportamento era até previsível, já que em janeiro há uma movimentação natural de maior procura por imóveis de aluguel por parte de estudantes que vêm para a Capital, de filhos que saem de casa para morar sozinhos e de famílias que se mudam de um bairro para outro ou para imóveis maiores ou menores em função de mudanças no trabalho e na escola das crianças”, explica o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto.

O aluguel que mais subiu em janeiro foi o de casas de três dormitórios situadas em bairros da Zona D (Freguesia do Ó, Glicério, Imirim) - o aumento foi de 25%. O aluguel médio desse tipo de imóvel passou de R$ 733,33 em dezembro para R$ 916,67 em janeiro.

A maior baixa - de 22,89% - se deu com apartamentos de um dormitório localizados em bairros da Zona C (Aeroporto, Água Branca, Bosque da Saúde), cujo aluguel médio caiu de R$ 622,50 para R$ 480,00.

Imóveis mais vendidos em SP custam até R$ 160 mil

As vendas de imóveis usados tiveram comportamento inverso em janeiro. A pesquisa registrou queda de 14,3%, com o índice de vendas recuando de 0,1710 para 0,1465. A divisão entre os dois tipos de imóveis se manteve: 50,79% eram apartamentos e 49,21%, casas.

Apesar da diminuição nas vendas, a média dos preços do metro quadrado subiu 1,35% na comparação a dezembro. O imóvel que ficou mais caro no período estava localizado na Zona A, que concentra os bairros de maior procura, como os Jardins e Perdizes: os apartamentos de padrão médio construídos há mais de 15 anos foram vendidos em média por R$ 3.202,55 o metro quadrado. Esse preço é 13,03% superior aos R$ 2.833,33 de dezembro.

A maior baixa do preço do metro quadrado - de 4,77% - foi registrada na Zona D. Ali, o metro quadrado dos apartamentos de padrão standard e construídos há mais de 15 anos baixou de R$ 1.527,27 para R$ 1.454,43.

Os imóveis mais vendidos foram os que tinham preço médio final até R$ 160 mil. Eles representaram 58,14% do total de negócios fechados pelas imobiliárias. A maioria das vendas foi feita à vista - 60% do total, ficando os financiamentos com 27,5%. Outros 12,5% tiveram a venda parcelada pelos proprietários.

A queda nas vendas, segundo Viana Neto, não deixa ninguém feliz, embora não cause surpresa. “Além da baixa procura motivada pelas férias, este mês de janeiro foi ainda vítima da crise econômica global e seu corolário de incertezas, dúvidas e medo de desemprego e de perda de renda futura”, justifica. “Assim como fez com vários setores da economia, dos bancos às indústrias, o governo está devendo à sociedade um programa imediato de estímulo à compra da casa própria com ampliação dos limites financiados, juros menores e garantia de suporte financeiro às prestações em caso de desemprego”, afirma.

DE -
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