segunda-feira, 3 de agosto de 2009

reflexos no mercado de imóveis usados de São Paulo

reflexos no mercado de imóveis usados de São Paulo
Em outubro, mês do ápice da crise, vendas de usados caíram 26% e locações, 1,44%.

16/12/08, São Paulo, SP - A crise financeira global, que teve seu ápice em outubro, deixou marca no mercado de imóveis usados da cidade de São Paulo. As vendas de casas e apartamentos tiveram queda de 26,36%, com o índice de vendas baixando de 0,4385 para 0,3229.

De acordo com levantamento realizado pelo Creci-SP em 319 imobiliárias, 33,98% dos imóveis comercializados em outubro foram casas e 66,02%, apartamentos. A maioria das transações foi feita à vista - 63,74% -, ficando os financiamentos bancários com 30,77%. Esta queda na participação dos financiamentos bancários é apontada também pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito e Poupança), que registrou uma redução de 20,52% na quantidade de unidades financiadas e de 18,35% no volume de recursos contratados, oriundos da caderneta de poupança. Os proprietários venderam a prazo os restantes 5,49%.

"O mercado de imóveis usados também parece ter sido vítima da onda de pânico que varreu o mundo e que paralisou ou reduziu o ritmo de negócios em praticamente todos os setores e áreas da atividade econômica", afirma o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto. Para ele, o efeito psicológico da crise afetou mais o mercado imobiliário do que motivos de ordem econômica e financeira. "Não houve no Brasil, nem em São Paulo uma onda de demissões que levasse potenciais compradores a desistir do negócio por não terem mais a renda necessária e também não desapareceram os financiamentos bancários, conforme asseguraram mais de 2/3 das imobiliárias que o Creci-SP pesquisou", justifica Viana Neto.

Segundo a pesquisa, 61% das imobiliárias declararam não ter sentido redução na oferta de crédito bancário em setembro e outubro. Essa redução aconteceu para 25,82% delas, enquanto que 12,9% não responderam à pesquisa.

"Agora que os mercados financeiros parecem estar estabilizados com a chuva de trilhões de dólares injetada em bancos e em diversas áreas da economia no mundo todo e dos bilhões de reais liberados aqui pelo Banco Central, é provável que o receio de comprar e de assumir dívida de longo prazo diminua e até desapareça", avalia o presidente do Conselho.

Preços em queda - Em outubro, foram identificadas seis ocorrências de queda de preços e cinco de alta. Os preços que mais baixaram, com queda de 34,17%, foram os de apartamentos de padrão standard com mais de 15 anos de construção situados na chamada Zona D (Bela Vista, Centro, Liberdade, Freguesia do Ó, Imirim, Pirituba, etc) e os que mais aumentaram, com alta de 29,16% foram os de casas de padrão médio e mesma idade na Zona E (Campo Limpo, Itaim Paulista, Itaquera, Cidade Dutra, Brasilândia, São Miguel Paulista, etc).

Na Zona D, o preço médio do metro quadrado desse tipo de apartamento, que era de R$1.519,05 em setembro, passou a R$1.000,00 em outubro. Já na Zona E, o preço médio do metro quadrado subiu de R$736,11 em setembro para R$950,76 em outubro.

Os imóveis mais vendidos em São Paulo foram os de preço final superior a R$200 mil - representaram 37,62% das vendas. Unidades de dois dormitórios foram as preferidas dos compradores.

Reflexos na locação - O número de imóveis alugados em outubro em São Paulo foi 1,44% menor que o número de contratos assinados em setembro. As imobiliárias pesquisadas alugaram 626 imóveis, o que fez o índice de locação baixar de 1,9911 para 1,9624.

As casas representaram 60,38% dos novos contratos e os apartamentos, 39,62%. O número de imóveis devolvidos por inquilinos às imobiliárias (279) equivaleu a 44,57% do total de novas locações, percentual 10,71% menor que os 61,91% apurados em setembro. A quase totalidade das devoluções (87,46%) se deu por outros motivos que não financeiros (12,54%).

A pesquisa apurou um aumento de 25,23% no número de inquilinos inadimplentes nas imobiliárias pesquisadas - o índice de inadimplência passou de 4,28% em setembro para 5,36% em outubro - e constatou que houve mais registros de queda do que de alta dos aluguéis. Foram 21 ocorrências de baixa e 13 de alta.

O aluguel que mais aumentou em outubro - 41,25% - foi o de casas do tipo quarto-cozinha situadas em bairros da Zona E, como Guaianases, Itaquera e Parelheiros. O aluguel médio passou de R$287,27 em setembro para R$405,77 em outubro. A maior redução no aluguel médio foi de 28,16% e ocorreu na Zona B, que agrupa bairros como Aclimação, Indianópolis e Brooklin. Casas de um dormitório que eram alugadas por R$580,00 em setembro foram alugadas por R$ 416,67 em outubro.

Os imóveis mais alugados em outubro foram os de valor de locação entre R$401,00 e R$600,00, com 31,33% dos novos contratos.


De- http://www.portalimovelnet.com.br

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