segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Venda de imóveis usados reflete fim da recessão e cresce 30,91% em São Paulo

Venda de imóveis usados reflete fim da recessão e cresce 30,91% em São Paulo
Imóveis até R$ 180 mil concentraram mais de 60% do total de contratos fechados na capital.

05/06/09, São Paulo, SP - A venda de imóveis usados na cidade de São Paulo cresceu 30,91% em junho, na comparação com maio. Foram vendidos 256 casas e apartamentos na capital em 446 imobiliárias consultadas pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), o que fez o índice de vendas saltar de 0,4385 em maio para 0,5740 em junho.

Os apartamentos lideraram as vendas, com participação de 60,94% das negociações, enquanto as casas responderam pelos 39,06% restantes.

Os imóveis mais vendidos foram aqueles cujo preço médio não ultrapassou os R$180 mil - casas e apartamentos até esse valor representaram 61,11% do total de contratos fechados nas imobiliárias. Por faixa específica de valor, a campeã de vendas em junho, com 33,33%, foi a dos imóveis com preço superior a R$200 mil.

Em junho, houve nove registros de alta e cinco de baixa nos preços dos imóveis usados. O preço que mais subiu foi o de apartamentos de padrão médio com até sete anos de construção e localizados em bairros situados na Zona E, como Lauzane Paulista, M'Boi Mirim, Parelheiros. O metro quadrado subiu 26,72%, passando de R$1.428,57 em maio para R$1.810,34 em junho.

O preço que mais baixou foi o de casas de padrão médio situadas na Zona C, que agrupa bairros como Mirandópolis, Mooca, Santa Cecília, e construídas há mais de 15 anos. O preço médio caiu 26,91%, baixando de R$1.923,08 em maio para R$1.405,55 em junho.

A maioria das vendas foi feita com pagamento à vista, sem financiamento, modalidade que somou 61,47% dos contratos fechados pelas imobiliárias. Os financiamentos da Caixa Econômica Federal (CEF) e dos demais bancos responderam por 36,69% do total. O restante foi dividido entre os consórcios (0,92%) e o financiamento direto dos proprietários (0,92%).

Indicadores - Para o Creci-SP, uma combinação de fatores é a causa provável dessa melhoria nas vendas em junho. Entre elas, o aumento da confiança dos consumidores; a saída do Brasil da crise a partir de maio, com crescimento do PIB (Produto Interno Bruto); e os juros bancários mais baixos desde 2007 (baixa que se acentuou em 2009).

Segundo estudo do banco Bradesco, o PIB pode ter crescido até 2,2% no segundo trimestre deste ano, em relação ao primeiro trimestre. Já o Itaú estima esse crescimento entre 1,5% e 2%. O crescimento põe fim a dois trimestres seguidos de queda, que caracterizam uma recessão.

Em relação à confiança do consumidor brasileiro, pesquisa do instituto Nielsen aponta crescimento de 8 pontos entre março e junho, colocando o Brasil em quarto lugar entre os mais confiantes em uma lista de 28 países.

Já a taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com pessoas físicas caiu de 47,3% ao ano em maio para 45,6% ao ano em junho, o menor valor desde dezembro de 2007.

"Mais confiante, sentindo-se mais seguro no emprego, com crédito mais acessível e mais barato para outras despesas, o paulistano pode sentir-se mais confortável para empenhar suas economias e reservas na compra da casa própria", diz o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto.

Locação - A locação de casas e apartamentos cresceu 14,73% em junho, na capital paulista, em relação a maio. As 446 imobiliárias consultadas pelo Creci-SP alugaram 1.052 imóveis, o que fez o índice de locação evoluir de 2,0559 para 2,3587.

Os apartamentos somaram 57,98% das locações, ficando as casas com os restantes 42,02%.

Os imóveis mais alugados foram os de aluguel até R$800,00, que representaram 67,46% das novas locações.

A pesquisa levantou 15 registros de baixa e 13 de alta no conjunto de imóveis dos quais se obteve os valores de locação. O aluguel que mais baixou - 26,39% - foi o de casas de três dormitórios situadas em bairros da Zona E: o valor caiu de R$872,22 em maio para R$642,00 em junho. A maior alta foi a dos apartamentos de dois dormitórios situados em bairros da Zona B, como Chácara Flora, Alto da Lapa, Consolação - o aluguel médio aumentou 27,58%, passando de R$932,50 em maio para R$1.189,66 em junho.

DE: http://www.portalimovelnet.com.br

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